Projeto: A Lição das Coisas
Esta pesquisa objetiva realizar uma leitura crítica da produção literária sobre a Shoah no Brasil recortando, dessa literatura, referência, descrição, análise e interpretação de coisas e objetos. Nessa literatura, alguns objetos transcendem à mera condição de coisa listada ou referenciada e alcançam, na rememoração, o estatuto de metáfora, na medida que se tornam uma janela ou um Aleph para outro tempo, outro espaço, outra significação. Espera-se, desse modo, dar continuidade à pesquisa sobre a literatura contemporânea, contribuindo para a fortuna crítica de autores e obras de ficção sobre a Shoah no Brasil (001/2021 - FAPEMIG - DEMANDA UNIVERSAL: Processo: APQ-01319-21).
Escritor
Adolpho Kishinievski
Adolpho Kishinievski (cujo nome, na realidade, era Yudel) nasceu em Tiraspol, na Rússia, em 1890. Integrante de uma família financeiramente estável, estudou em Kischinev, uma cidade mais desenvolvida, na qual havia uma yeshivá, que ele frequentou sob a tutela do rabino Perelmuter. Em 1905, se tornou ativista da Bund (União Geral dos Trabalhadores Judeus na Lituânia, Polônia e Rússia, fundada em 1897). Emigrou para a Argentina em 1909, onde começou a exercer o ofício de relojoeiro, memso período em que passou a redigir crônicas, sátiras e contos para jornais locais, entre os quais o Der Tog (O Dia), o Idische Tzeitung (Jornal Israelita), e a revista socialista Avangard (A Vanguarda), sob os pseudônimos de “Melancolik” e “Ish Yehudi”.
Em 1918, mudou-se para o Rio de Janeiro, no Brasil. Fundou, com alguns companheiros, em 1923, o jornal Dos Idische Vochenblat (O Seminário Israelita), no qual atuou como um profícuo redator, desta vez sob o paseudônimo de A. Ch. Halevi. Em 1927, já afastado do jornal, criou um periódico literário, O Di Neie Velt (O Novo Mundo), que chegou ao fim no mesmo ano. Dentre os temas aos quais o autor se dedicou, encontra-se o da vida judaica no Brasil; a estranheza vivenciada pela comunidade e os desafios de sua adaptação. Kishinievsk publicou Naie Heimen (Novos Lares), pela Casa Editora Yung Brazil, em 1932. Faleceu no Rio de Janeiro, em 1935. Dois de seus contos, “Isso” ele não lhe contou" e "A moral", foram traduzidos por Hilda Kutner e publicados em O conto ídiche no Brasil (2007).
Publicações
Publicações Sobre o Escritor
Mídias
Equipe
Prof. Dr. Estevan de Negreiros Ketzer
Pesquisador/UFMGPrograma de Pós-Graduação em Letras:
Estudos LiteráriosFilipe Amaral Rocha de Menezes
Pesquisador/UFMGPrograma de Pós-Graduação em Letras:
Estudos LiteráriosAna Clara Mendlovitz Albino Costa
Pesquisadora/UFMGBolsista de Iniciação Científica,
(Bolsa Esther Carvalho)Luiz Fernando Rodrigues Ferreira
Pesquisador/UFMGBolsista de Iniciação Ciêntifica FAPEMIG
Contato
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Núcleo de Estudos Judaicos da UFMG - Faculdade de Letras
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