Projeto: A Lição das Coisas
Esta pesquisa objetiva realizar uma leitura crítica da produção literária sobre a Shoah no Brasil recortando, dessa literatura, referência, descrição, análise e interpretação de coisas e objetos. Nessa literatura, alguns objetos transcendem à mera condição de coisa listada ou referenciada e alcançam, na rememoração, o estatuto de metáfora, na medida que se tornam uma janela ou um Aleph para outro tempo, outro espaço, outra significação. Espera-se, desse modo, dar continuidade à pesquisa sobre a literatura contemporânea, contribuindo para a fortuna crítica de autores e obras de ficção sobre a Shoah no Brasil (001/2021 - FAPEMIG - DEMANDA UNIVERSAL: Processo: APQ-01319-21).
Escritor
Alessandro Porro
Alessandro Porro nasceu
em Nápoles, Itália, em 1930, onde foi repórter. Sobreviveu à guerra criança na
Ilha de Capri, junto com um tio, que teria comprado proteção dos nazistas,
conforme conta no seu livro, Memórias do meu século: lembranças de
um corsário ingênuo. Naturalizou-se brasileiro, trabalhou por quase 30 anos na
Editora Abril e foi diretor da sucursal da revista Veja no Rio
de Janeiro. Como jornalista e profundo observador dos fatos, Porro acompanhou
muitos acontecimentos marcantes do século XX. Em 1968, ele se tornou
correspondente da revista Veja em Paris, onde foi vizinho do
casal Jean Paul Sartre e Simone de Beauvoir. Em 1997, escreveu para O
Globo a Coluna Swan. Foi também autor de reportagens
premiadas como as coberturas da morte de Indira Gandhi, na Índia, e de Anuar
Sadat, no Egito. Antes disso, Alessandro vivera um dos maiores êxitos de sua
carreira, ao conseguir entrevistar a princesa Soraya, mulher do xá Rehza
Pahlevi, do Irã, logo depois de ela ter fugido do marido. Para isso, fez-se
passar por assistente de um famoso estilista, de quem era amigo. Ele tirou as
medidas da princesa, que visitava o ateliê, e conseguiu a entrevista. Seu
trabalho como correspondente o levou a viajar por Londres, Paris, Roma, Buenos
Aires e Tel Aviv. Em Memórias do século, conta várias passagens
dramáticas, tensas ou divertidas de suas andanças profissionais e muitas
histórias de sua vida a partir da infância de menino judeu na Itália fascista
durante a Segunda Guerra Mundial passando por seus seis casamentos, seis
divórcios e quatro filhos. Escreveu também Ficou famoso como autor da
polêmica matéria de capa da revista Veja sobre o cantor
Cazuza, que agonizava com Aids em abril de 1989. Considerada uma das matérias
mais sensacionalistas da época, gerou recorde no número de cartas aos leitores
que a revista só quebraria com os atentados do 11 de Setembro. Morreu em 11 de outubro de 2003,
em São Paulo, em virtude de complicações decorrentes de um efisema pulmonar.
Publicações
Publicações Sobre o Escritor
Mídias
Equipe
Prof. Dr. Estevan de Negreiros Ketzer
Pesquisador/UFMGPrograma de Pós-Graduação em Letras:
Estudos LiteráriosFilipe Amaral Rocha de Menezes
Pesquisador/UFMGPrograma de Pós-Graduação em Letras:
Estudos LiteráriosAna Clara Mendlovitz Albino Costa
Pesquisadora/UFMGBolsista de Iniciação Científica,
(Bolsa Esther Carvalho)Luiz Fernando Rodrigues Ferreira
Pesquisador/UFMGBolsista de Iniciação Ciêntifica FAPEMIG
Contato
Endereço:
Núcleo de Estudos Judaicos da UFMG - Faculdade de Letras
Av. Antônio Carlos, 6627 - CEP: 31270-901
Pampulha - Belo Horizonte / Minas Gerais
E-mail:
licao.shoah@gmail.com